#17 – Da Estrada, Parte Um – Puma Air

Não sei se isso vai virar uma série, mas vira e mexe, acontecem coisas na estrada que valem a pena relembrar, então lá vai o primeiro relato.

Mês passado, o Novo Tom fez uma viagem ao norte do Brasil. Cantaríamos em duas cidades durante aquele final de semana: Belém e Macapá. O Novo Tom já havia cantado em Belém há cerca de oito anos, e nunca havíamos cantado em Macapá. Estávamos animados pra conhecer uma nova cidade, mas não tão animados com os horários de voo marcados. Pra você ter uma idéia, foram 15 horas de sono em 4 dias. Delícia. Fizemos o concerto em Belém no sábado à noite, e assim que acabou fomos correndo (não correndo, mas rapidamente dentro de uma van) para o local onde estávamos hospedados, pra conseguir dormir umas míseras 3 horas, pois nosso voo de Belém para Macapá partiria às 5:25 da manhã. Logo, teríamos de estar no aeroporto às 4:25 da manhã, porque até despachar os 16 volumes distribuidos entre as 11 pessoas no comboio Novo Tom demoraria um pouco. Fizemos o check-in, pesamos e despachamos as malas (total de 191 kg), e tomamos nosso rumo ao embarque. O voo partiu no horário certo, e foi aí que o drama começou.

Ao decolar, ouviu-se um barulho estranho no motor, que não parou de soar. Minutos depois, a Riane, que estava sentada atrás de mim, falou que viu uma faísca saindo da turbina direita do avião. A Riane, intensa como ela é, já começou a se desesperar. Enquanto a Riane se desesperava, eu comecei a estranhar o fato de que não estávamos na altitude “padrão”. O avião voava bastante baixo, e isso me preocupou um pouco. Alguns minutos depois, o comandante se pronunciou, dizendo que por causa de problemas técnicos, teríamos de retornar ao aeroporto de Belém, mas que não nos deveríamos nos preocupar, pois não era nada grave.

Nada grave. Sei.

Enquanto o avião tomava seu rumo de volta ao aeroporto, o comandante ainda me soltou mais uma instrução importantíssima: Não pulem. Não sei o que ele quis dizer com isso, mas eu permaneci em minha poltrona, com meu cinto de segurança devidamente afivelado.

Chegamos no aeroporto de Belém, e nos informaram que o motivo da volta foi o fato de uma ave ter entrado na turbina momentos antes da decolagem. Enfim, conseguiram nos encaixar em um voo da Gol que saiu ao meio dia e conseguimos chegar em Macapá para o nosso concerto lá.

É claro que documentei o ocorrido, que você pode conferir abaixo:

Só sei que depois dessa traumática experiencia, Puma Air, nunca mais!

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